quinta-feira, 5 de maio de 2011

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Sóbrio

Sou sóbrio demais para sentar-me a mesa com o cão,
tem gente que se faz refém do seu jogo ardiloso,
por pura vaidade, 
desço até a fogueira fervente do vulcão,
mas me elevo com a força do amor,
sou filho do "Eu Sou",
por ele tenho paixão!

Paulo Alvarenga
DESNUDANDO-TE

Sei que sou  demodé,
sou objeto de relicário,
um homem sóbrio demais,
para artimanhas de galope
, mas tenho manhas e fantasias
pra viver,
me agarro em pé de arvores,  
sobrevoo
altos alpes atrás de ti,
viajo num universo de ilusão,
poetando alimetando 
a minha história,
desnudo o seu corpo na paixão...

PAULO ALVARENGA
Janela do meu amor

Hoje acordei e andei até a sala,
as cortinas balançavam 
o vento doce
e o som da sua voz ainda viva
 a lembrança que eu tenho
de outra hora
e seu perfume que se avizinha 
aqui e agora,
sentindo a saudade 
que eu tenho dessa boca,
 trazia um bom dia para mim,
o seu toque que a esperança quase louca
destemida, 
aparecia  no jardim.

Paulo Alvarenga
Seu Porto

Entre as extremidades
do meu corpo
e o seu,
existe um mar de amor,
uma luz que sai de dentro peito
invadindo o seu ser
que não demora a me beijar,
pego sua mão, enxugo suas lágrimas
que tanto me ama, 
e repouso em meus lábios,
sua paixão,
agora eu sou o seu porto
e você o veleiro
que vem ancorar...


Paulo Alvarenga

quarta-feira, 4 de maio de 2011

UM POETAR DIFERENTE

SENTADO AO PÉ DO CRISTO,
OLHANDO SEU ABRAÇO,
SENTINDO
O SEU BRAÇO ME CUIDAR,
QUERIA FICAR ALI E FAZER O TEMPO PARAR,
UMA MUSICA ENTÃO TOCOU,
NO MEIO DA MULTIDÃO,
ERA CANÇÃO DE JOBIM, 
UMA ESPECIE DE PRECE CARIOCA,
QUE VIERA SE APRESENTAR PARA MIM
AH! SUAVE TARDE EM COPACABANA
ONDE AVISTEI O MAR 
COM A MINHA MENTE DE POETA
SABIA QUE DALI PRA FRENTE
O SUSSURRAR EM MEUS OUVIDOS
SERIAM OUTROS...
UM TIPO DE ZUNIDO 
COM ACORDE MUSICAL
ESSA TAL DE FELICIDADE,
QUE SÓ OUVIA FALAR
O JEITO MALANDRO E POETICO
DE SE SABER POETAR!

PAULO ALVARENGA
BANHO DE ESPUMA

ABRAÇA-ME
DEIXE-ME FICAR
AQUI DO TEU LADO,
SENTIR O TEU COLO QUENTE,
ACARICIAR TEU MOMENTO
DE FEMEA CHEIROSA,
ABRAÇA-ME 
COM O CORPO MOLHADO DE ESPUMA,
PERFUMADA COMO VENUS EM PÉTALAS,
NO BANHO QUE TOMAMOS AGORA.

PAULO ALVARENGA